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Channel: sucesso educativo – Aventar
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Bruxelas quer

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Ah! As costas largas de Bruxelas. Ocorre-me claramente o que eu quero para “Bruxelas”, mas vou passar à frente.

O meu problema com este tipo de pressões reside em dois aspectos. Em primeiro lugar, o que é que acontece se os alunos, pura e simplesmente, optarem por não estudar? Isso deve ser imputado aos professores? Ao que sei, hoje em dia é corrente os alunos chegarem à sala de aula e mostrarem-se espantados por irem ter teste, tal é a atenção que dão ao seu êxito.

A educação começa em casa, coisa que os ideólogos do Excel preferem ignorar a cada vez que apenas olham para os números. E começar a educação em casa implica dar tempo aos pais para poderem acompanhar os filhos, o que entra em conflito com as correntes de flexibilização do trabalho – em particular, no que respeita vínculos precários e mais horas de trabalho por semana (chamam-lhe produtividade).

Em segundo lugar, porque razão é que a contratação de professores tem que estar ligada ao sucesso dos alunos? É de esperar que o sucesso melhore se houver mais tempo do professor para cada aluno, mas, tal como visto no ponto anterior, a relação não é directa.

Títulos e notícias deste género não são novidade. Fazem parte da corrente política de transformar a escola pública num lugar de passagem, em vez de um lugar de aprendizagem, onde se cumpre o formalismo de se estar presente durante um certo número de anos, antes de se mandar os cidadãos procurarem trabalho. Para a aprendizagem, haverá sempre a escola de elite, privada, claro, para formar os quadros que criam notícias como estas.


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